Livro: Nostalgia do meu Querer
Contemplar o nascer do sol,
Após longas horas de letargia,
Com ânsia ou entusiasmo…
Beijar no rosto do amor vivo
Regra da vida,
Já que a vida é passageira
Sem tréguas.
Afinal, nada na vida é para sempre…
Até mesmo a regra,
Até mesmo as tréguas das trevas
Não são para sempre…
Já que a vida é gerada
Sem réguas.
Abraço sobrestado
Ternura do apaixonado,
Amplexo do amor para a benevolência,
Do verdadeiro amigo, para o falso amigo,
Do desconhecido, para a incerteza,
Afinal,
Somos partes de tudo
E tudo vale a pena,
Quando a alma de tudo
É um todo
Pois, nem o tudo é para sempre…
Na minha inspiração filosófica,
Quero acreditar na eternidade do todo…
Do negro ou do branco,
Somos partes de tudo.
Com um agradecimento,
Um gesto de solidariedade
Ou bom senso,
Palavra de perdão,
Olhares, também falam!
Somos todos,
Partes de tudo.
Não importa se fazes cultura,
Política,
Ou corrupção,
Desporto ou patavina…
Também fazes parte de um todo
E sendo assim,
A vida,
O nada,
E o tudo
Não são para sempre...
João Canda in Nostalgia do Meu Querer